O outono de 2019 é um novo começo para mim. Pessoalmente, significa o início de uma outra vida acadêmica como uma nova pesquisadora do Centro de Estudos Nipo-brasileiros.
Formada em Comunicação Cultural Internacional pela Universidade de Hubei na China, vim para o Brasil após minha formatura em 2014. Nunca estive no exterior antes, então foi a primeira vez que pisei em solo estrangeiro, a terra do Brasil, o que me fez altamente nervosa e excitada. Na época, como professora de Mandarim no Programa de Professores Chineses Voluntários de Hanban(The Office of Chinese Language Council International), comecei a trabalhar no Instituto Confúcio da Unesp (Universidade Estadual Paulista) até 2017. Durante esses três anos, eu fiquei profundamente impressionada com o povo brasileiro amigável e caloroso. Além disso, o que me atraiu ainda mais foi a diversidade étnica da população brasileira. Pouco a pouco, fiquei muito curiosa sobre a história de imigração asiática no Brasil e suas interações e comunicações no bairro da Liberdade. Motivado por essa curiosidade, portanto, candidatei-me ao programa de mestrado em Cultura, Literatura e Língua Japonesa da Universidade de São Paulo e consegui. Minha pesquisa de mestrado foca na comparação entre imigração chinesa e japonesa no bairro da Liberdade.
Como todos sabemos, o bairro da Liberdade na região central de São Paulo, originalmente ocupado por portugueses e italianos, hoje conhecido como uma cidade de imigrantes japoneses, está sendo cada vez mais ocupado por imigrantes chineses. Com o aumento gradual dos imigrantes chineses no bairro da Liberdade desde a década de 1970, as interações sociais entre imigrantes japoneses e chineses tornaram-se mais frequentes e o estudo da relação civil entre esses dois grupos de imigrantes está relacionado ao desenvolvimento e à estabilidade local. Como resultado, no CENB, estou investigando as interações sociais desses dois grupos nas perspectivas das relações pessoais, participação das entidades e negócios. Com base nos questionários e entrevistas, o artigo também discutirá algumas perspectivas sobre a interação social e as relações civis futuras entre esses dois grupos.
Quanto à pesquisa sobre a imigração japonesa, já existem muitas publicações e conquistas não apenas no CENB, mas também na comunidade acadêmica. No entanto, um estudo comparativo entre os imigrantes chineses e japoneses apresenta uma nova abordagem ao tema. Como uma pesquisadora intercultural, aprendendo com as experiências e a história de nossos antepassados, espero poder fazer algumas contribuições efetivas para a pesquisa relevante.