Estamos honrados com a presença de pessoas que são, em muitos casos, preciosos colaboradores do Centro de Estudos Nipo-Brasileiros, que chamamos também de Jinmonken. Em outros casos, ficamos honrados por serem amigos e apoiadores deste Centro. E entre nossos convidados estão também amigos e apoiadores potenciais. Com sua presença, demonstram o reconhecimento do trabalho que o Jinmonken realizou ao longo de sua história e continua a realizar.
Sua presença impõe-nos também responsabilidades, pois é igualmente demonstração de confiança nesta gestão que está iniciando seus trabalhos.
Como síntese de nosso programa, adianto que esta gestão vai não apenas manter, mas também reforçar e expandir o que o Centro de Estudos Nipo-Brasileiros tem feito de melhor.
Esta gestão pretende também abrir o Jinmonken para um maior número de pesquisadores e estudiosos da imigração japonesa e do papel e das ações dos nipo-brasileiros na construção de um país multicultural. Para isso, pretendemos facilitar ainda mais o acesso ao acervo da instituição. É tema sobre o qual falarei adiante.
Esta é uma entidade sem fins lucrativos, e por isso depende da colaboração de instituições públicas e privadas. Gostaria, por essa razão, de destacar o apoio que temos recebido do Consulado Geral do Japão em São Paulo, da Japan International Cooperation Agency, a JICA, da Fundação Japão, da Fundação Kunito Miyasaka, da Fundação Katsuzo Yamamoto, do Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil e da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social, Bunkyo. Temos contado também com o apoio de empresas privadas e pessoas físicas, além de nosso corpo de associados.
São colaborações que permitem a manutenção das atividades deste Centro, razão pela qual precisamos preservá-las e, quando possível, ampliá-las por meio da intensificação de nosso relacionamento com essas instituições e pessoas.
Pelo Centro passaram alguns dos principais estudiosos da imigração japonesa no Brasil. Entre eles cito, com risco de omissão, Zempachi Ando, Kiyoshi Yamamoto, Tomoo Handa, Hiroshi Saito, Takashi Maeyama, Teiichi Suzuki, Tetsuya Tajiri, José Yamashiro, Katsunori Wakisaka, Susumu Miyao, Antônio Nojiri, Fumio Oura, Chiyoko Mita e Koichi Mori. De Zempachi Ando, o primeiro nome citado, observo que nosso segundo vice-presidente Masaki Furusugi escreveu uma biografia, cujo lançamento
está sendo programado pelo Jinmonken.
Os dois presidentes do Centro de Estudos Nipo-Brasileiros que me antecederam foram o saudoso professor Shozo Motoyama e a professora Leiko Matsubara Morales, que me precedeu nesta tribuna e ocupa a primeira vice-presidência nesta gestão.
Entre os frutos das pesquisas do Jinmonken, certamente a monumental obra Uma Epopeia Moderna – 80 Anos da Imigração Japonesa no Brasil é o que mais se destaca em língua portuguesa. Tornou-se leitura indispensável para quem estuda a presença japonesa no Brasil.
O livro hoje clássico O Imigrante Japonês, de Tomoo Handa, é resultado de uma coedição de que participou o Centro de Estudos Nipo-Brasileiros.
Além dos trabalhos que propiciaram a realização dessas obras, o Centro possui um acervo precioso sobre a imigração japonesa no Brasil e em outros países.
Por isso, tem acolhido acadêmicos e pesquisadores do Brasil e do exterior. Mantém também programas de bolsas de estudos para pesquisadores nos níveis de iniciação científica, mestrado e doutorado.
Uma das metas da nova gestão é tornar seu acervo mais acessível a pesquisadores, estudiosos e interessados na presença japonesa no Brasil. Boa parte desse acervo está em japonês e, por isso, um dos programas que pretendemos desenvolver é a tradução e a edição em português dos principais trabalhos do Centro.
É um programa que dependerá de apoio de instituições públicas e privadas.
A modernização da infraestrutura de comunicação do Centro, hoje muito modesta, será indispensável para facilitar o acesso a seu acervo, por isso está também no nosso programa de atividades. Será indispensável também para a boa gestão do Centro.
A ampliação do horizonte de temas sobre os nipo-brasileiros é outra das preocupações que esta gestão pretende trazer para dentro do Jinmonken. Para isso, buscaremos estreitar os contatos com pesquisadores e estudiosos que vêm se dedicando a novos assuntos.
É um programa de gestão adequado, a nosso ver, às dimensões do Centro de Estudos Nipo-Brasileiros.
É com o mais profundo respeito que, em nome dos integrantes da nova diretoria e dos novos Conselho Fiscal e Conselho Consultivo do Centro de Estudos Nipo-Brasileiros, agradeço a presença de todas e de todos nesta cerimônia de posse e renovo meu pedido para que mantenham o apoio à instituição
São Paulo, 04 de outubro de 2023