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 Liberdade, o “bairro oriental” de São Paulo

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C) Realização de seminários.

A presente entidade realizou, até a presente data, cerca de 180 seminários de pesquisa e mesas-redondas, merecendo especial destaque o curso ministrado no auditório do antigo Banco América do Sul pela prof.ª Arlinda Rocha Nogueira, do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB-USP), em outubro de 1982, intitulado “Imigração japonesa no Brasil contemporâneo”. O curso, que dava especial ênfase à segunda e terceira gerações de japoneses aqui radicados, teve ao todo oito sessões, tendo sido posteriormente publicado em forma de livro pelo Centro de Estudos Nipo-Brasileiros.

D) Realização de simpósios.

1. “O japonês em São Paulo e no Brasil” (simpósio realizado em parceria com a Universidade de São Paulo, 1968).
O presente simpósio teve por objetivo analisar, a partir de diversos pontos de vista, a questão do imigrante japonês e seus descendentes no Brasil, contando, para tanto, com a participação de especialistas brasileiros e japoneses. As atas do simpósio encontram-se publicadas em ambos os idiomas.
2. “Economia, sociedade e mundo empresarial no Brasil” (simpósio realizado em parceria com a Câmara de Comércio Brasil-Japão, 1974).
Discutiu-se, neste simpósio, o avanço crescente de empresas japonesas no território brasileiro, fenômeno assaz marcante à época. As atas do simpósio foram publicadas pelo Centro de Estudos somente em idioma japonês.
3. “Simpósio sobre os 70 anos da imigração japonesa no Brasil” (simpósio realizado em parceria com o Ministério das Relações Exteriores do Japão, 1978).
O presente simpósio foi organizado pelas mais destacadas autoridades no assunto, tendo sido convidados importantes especialistas do Canadá e dos Estados Unidos a participarem das discussões. As atas do simpósio foram publicadas somente em idioma português.

E) Realização de encontros periódicos.

Nesta modalidade de evento, que desde 2008 vem se revigorando, pesquisadores vinculados ou não à entidade são convidados a compartilhar com o público os frutos de suas investigações. Até a presente data, já se apresentaram os seguintes pesquisadores:

1. “O Pantanal em perigo” — prof. Hiroaki Maruyama (Universidade Rikkyō) — maio de 2008.

2. “Tudo quanto ao longe se constrói” — prof. Shūhei Hosokawa (Centro Internacional de Estudos Japoneses) — agosto de 2008.

3. “O Man’yōshū e eu” — prof.ª Geny Wakisaka (professora aposentada da Universidade de São Paulo) — setembro de 2008.

4. “Tendências da agricultura de periferias” — Noriko Tanaka (pesquisadora da JATAC) — fevereiro de 2002.

5. “Fragmentos do mundo indígena” — Tamiko Hosokawa (editora-em-chefe da revista Bumba) — julho de 2009.

6. “Agricultura, alimento e saúde” — Yoshio Tsuzuki (pioneiro da agricultura orgânica) — setembro de 2009.

7. “O futuro da «colônia nipo-brasileira»” — Masayuki Fukazawa (editor-chefe do jornal Nikkey Shimbun) — fevereiro de 2010.

8. “Setenta e cinco anos da comunidade Fukuhaku-mura” — Fumio Ōura (líder vitalício da comunidade Fukuhaku-mura) — maio de 2010.

9. “O Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil (MHIJB): atual estado de coisas e perspectivas para seu futuro” — Takeshi Kurihara (presidente da Comissão de Administração do MHIJB) — julho de 2010.

10. “A «colônia nipo-brasileira» em transformação” — Chiyoko Mita (docente da Universidade Sofia) — setembro de 2010.

F) “Histórias antigas da colônia” (novo).

O presente projeto, em execução desde o ano de 2009, tem por objetivo produzir registros de aspectos pouco abordados da vida quotidiana dos imigrantes japoneses a fim de legá-los para a posteridade. Os seguintes conferencistas já se apresentaram até o atual momento:

1. “As transmissões de rádio em língua japonesa” — Noriyuki Ishizaki (ex-radialista) — 30 de junho de 2009.

2. “O ilusionismo e eu” — Takeomi Tsuno (médico hematologista, ex-vice-presidente da Aliança Cultural Brasil-Japão) — 28 de agosto de 2009.

3. “A presença de Nanju Suzuki, Yoshio Takemoto e Kikuo Furuno na literatura dos imigrantes” — Sumu Arata (crítico literário) — 20 de outubro de 2009.

4. “A «colônia» vista através de fotografias” — Kōji Matsumoto (chefe da redação do jornal São Paulo Shimbun) — abril de 2010.

5. “A semente lançada pela Rikkōkai” — Hisashi Nagata (editor da revista Nōson) — agosto de 2010.

G) Coleta, preservação e catalogação de materiais escritos.

A coleta, organização e preservação sistemáticas de materiais escritos referentes à história da imigração japonesa no Brasil vem sendo feita continuamente desde a fundação desta entidade.

Hiroshi Saitō e Tomoo Handa (ambos já falecidos) lançaram-se com afinco, na condição de especialistas, à fundação do Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil, alcançada em 1978, e do qual Hiroshi Saitō foi o primeiro presidente, tendo contribuído enormemente para a criação de um arquivo documental e de um sistema de classificação dos materiais recolhidos.

A organização do atual acervo bibliográfico do Centro de Estudos Nipo-Brasileiros deve-se, sobretudo, aos esforços da bibliotecária Etsuko Yokoo (“voluntária jovem” da JICA), que também foi responsável pela elaboração do banco de dados atualmente disponível ao público para consultas no website da entidade.

Resumo do acervo já informatizado:

Materiais referentes à imigração japonesa para o Brasil (idioma japonês): 4.084 volumes

Materiais referentes a outros assuntos (idioma japonês): 1.841 volumes

Total: 5.925 volumes

Materiais em outros idiomas ainda não catalogados (estimativa): 3 mil volumes

Além do que ficou dito acima, foram organizados ainda, em 2010, os materiais referentes à história da educação em língua japonesa no Brasil possuídos pela entidade, bem como os arquivos pessoais de Teijirō Suzuki, Hiroshi Saitō e Kōnosuke Ozeki.


Bolsas de pesquisa para jovens universitários.


A presente entidade vem enfrentando, nos últimos anos, a impossibilidade de realizar novos estudos e pesquisas em decorrência da falta de pesquisadores diretamente vinculados a si.

Devido às restrições que ora se impõem à formação de novos pesquisadores vindos do Japão, o Centro de Estudos Nipo-Brasileiros decidiu-se pela implementação de um programa de bolsas de pesquisa visando, sobretudo, aos universitários brasileiros (de origem japonesa ou não) que se interessassem pela história da imigração japonesa e temas afins, concedendo àqueles que fossem selecionados uma certa quantia em dinheiro. Felizmente, o presente projeto contou desde o início com o apoio solícito de diversas empresas e benfeitores, de modo que, dentre os candidatos que se apresentaram, puderam ser escolhidos quatro estudantes. Atualmente, os bolsistas encontram-se sob os cuidados de seus respectivos orientadores, aos quais cabe a tarefa de os instruir no delicado caminho da produção acadêmica e fornecer-lhes conselhos que sejam aplicáveis a seu objeto de estudo.

a. Patrocínio.
Sanyo Agropecuária, Fundação Kunito Miyasaka, Sr. Yoshio Tsuzuki e Sr. Marcelo Takaoka.

b. Orientação acadêmica.
Shōzō Motoyama (presidente da entidade)
    docente da Universidade de São Paulo (departamento de História)

Mário Yasuo Kikuchi (vice-presidente) doutor em Sociologia

c. Bolsistas/temas de pesquisa.
Bruna Kobayashi Vazami (agronomia/UNESP) — “O caminho da agricultura no berço da imigração japonesa”.

Eduardo Iamada (história/USP) — “O (pré)conceito dentro da relação nipo-brasileira através de uma visão historiográfica”.

Rafael Mitsuru Cavalcanti Yoshida (história/USP) — “O processo migratório Japão-Brasil, primeiro período (1908-23)”.

Nathaly Natsumi Yamamoto Shibata (história/USP) — “O Japão e a modernidade no início de sua política emigrantista para o Brasil”.


A publicação dos relatórios finais produzidos pelos bolsistas está prevista para o meado de 2011.

(Última atualização: 27 de junho de 2011)







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